sábado, 29 de janeiro de 2011

A Cria do Enforcado


A Cria do Enforcado. Arte Fábio Purper Machado, roteiro Carlos Francisco Moraes. "Que imagens esses olhos guardavam, por trás de seu brilho vítreo? Cenas de guerras, pestes, e principalmente fome. A sempre presente e lacerante fome."

Assim começa A Cria do Enforcado, hq de duas páginas escrita por Carlos Francisco Moraes (zine Alexandria) e desenhada por mim, que foi hoje publicada no jornal cachoeirense O Correio, no caderno Plus.

"De que samba você bebe?" Coletivo (Des)Esperar na Bienal da UNE (RJ)

         

Coletivo (Des)Esperar na 7ª Bienal da UNE



 

O (Des)Esperar realizou na cidade do Rio de Janeiro uma intervenção urbana como proposta selecionada pela 7ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes. O evento ocorrido entre os dias 18 e 22 de janeiro de 2011 no Parque do Flamengo contou com a participação de artistas e estudantes de todas as regiões do país, apresentando como tema norteador o SAMBA.

Do mesmo modo que na maioria das ações anteriores, o Coletivo optou por desenvolver uma obra que dialogasse com o tema e o espaço do evento. Sua intervenção nomeada “De que samba você bebe?” consiste da contaminação dos espaços do parque com uma trepadeira de papel que parte de dentro de uma xícara gigante e vai sendo constituída ao longo dos dias, ramificando-se e espalhando-se pelo espaço, subindo e descendo os obstáculos que encontra. Seus frutos vermelhos, quando colhidos, possuem como semente uma indagação: “De que samba você bebe? Cada pessoa que recolhia um dos frutos era convidada a registrar, ao retornar para seu estado, aquilo que desejaria compartilhar do que considera ser seu samba. O coletivo pretende postar no blog http://des-esperar.blogspot.com todas as contribuições recebidas através de um e-mail destinado a isso.

No blog, uma imagem em atualizações periódicas representará uma trepadeira frutífera que cresce, ao passo que recebe novos frutos (imagens enviadas pelos colaboradores) do trabalho iniciado na Bienal da UNE. Os frutos dessa imagem serão representados por miniaturas das fotografias enviadas, as quais podem ser clicadas e visualizadas em tamanho maior.

   

Tendo como referência os conceitos de contaminação e de arte relacional (Nicolas Bourriaud), pretendemos que este trabalho não tenha terminado junto ao evento, mas que continue gerando frutos, fazendo crescer uma planta composta de diversidade e persistência, de uma união que não amarra, mas produz sementes, que por sua vez, geram novos frutos. A participação do público já foi iniciada na coleta destes, agora esperam o retorno fotográfico solicitado, a fim de que a planta cresça em novas direções e dimensões.

Algo que buscamos com esse trabalho é a criação de um caldeirão imagético que percorra os diferentes significados do samba, tanto na música que incorpora elementos bahianos, cariocas, paulistas, quanto na mistura de cachaça ou vodka com refrigerante, quanto as possíveis respostas a virem de quatro cantos da América Latina, assim como de artistas presentes no evento que receberam o fruto pessoalmente, como Martinho da Vila, Cacá Diegues e Carlos Lyra.